A evolução dos juros bancários no Brasil

Papo IOUU

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Albert Einstein é famoso, entre tantas coisas, por seus avanços fabulosos na física, por sua icônica foto com a língua de fora e pela seguinte frase: “os juros compostos são a força mais poderosa do Universo”.

Tudo bem, talvez fosse um certo exagero do cientista, mas a frase tem mérito, pois os juros podem, com o devido tempo, transformar pequenos valores em verdadeiras fortunas – para o bem do cliente ou para seu mal.

Por este motivo, é essencial compreender o funcionamento e as taxas praticadas pelas instituições financeiras, evitando assim grandes problemas em caso, por exemplo, de empréstimos.

O primeiro passo é compreender a diferença entre a  taxa real e a taxa nominal de juros.

Assim, a taxa real representa aquilo que é cobrado pelo operador sobre a transação a qual, somada com o índice de inflação, resulta nos juros nominais, que é o que efetivamente o cliente paga (esta relação é calculada pela equação de Fisher).

Já a taxa nominal é a taxa contratada ou declarada por uma instituição financeira. Por exemplo, se um banco oferece um fundo de investimento que remunera 12% ao ano, então essa é sua taxa nominal.

O papel da inflação na taxa real de juros

A inflação é uma das medições mais faladas no Brasil, mas poucas pessoas sabem exatamente o que ela significa. Assim, em poucas palavras ela refere-se a um aumento no suprimento de dinheiro e a expansão monetária, que é a causa do aumento dos preços.

O conhecimento da taxa real em sua totalidade é importante pois é o índice que os investidores usam para avaliar a lucratividade de aplicações e expansões produtivas, portanto é um elemento que você, enquanto cliente e novo investidor deve ter em mente na hora de avaliar empréstimos e opções de investimento.

Para conferência, abaixo segue o resumo das taxas reais de juros no país:

1) Governo FHC (1995 a 2002) 

1.1 Primeiro mandato 

  • 1995: 25,1%
  • 1996: 16,0%;
  • 1997: 18,5%;
  • 1998: 22,2%;
  • média simples do primeiro mandato: 20,4%.

 1.2 Segundo mandato

  • 1999: 14,3%;
  • 2000: 11,0%;
  • 2001: 9,1%;
  • 2002: 5,9%;
  • média simples do segundo mandato: 10,0%. 

1.3 Média simples nos mandatos de FHC: 15,2%.

2) Governo Lula (2003 a 2010)

2.1 Primeiro mandato

  • 2003: 13,0%;
  • 2004: 8,2%;
  • 2005: 12,7%;
  • 2006: 11,8%;
  • média simples do primeiro mandato: 11,4%.

 2.2 Segundo mandato

  • 2007: 7,3%;
  • 2008: 6,2%;
  • 2009: 5,6%;
  • 2010: 3,8%;
  • média simples do segundo mandato: 5,7%.

 2.3 Média simples nos mandatos de Lula: 8,5%.

3) Governo Dilma (2011 a 2016)

 3.1 Primeiro mandato

  • 2011: 4,9%;
  • 2012: 2,4%;
  • 2013: 2,3%
  • 2014: 4,3%;
  • média simples do primeiro mandato: 3,4%.

 3.2 Segundo mandato

  • 2015: 2,6%;
  • 2016: 7,2%;
  • média simples do segundo mandato: 4,9%.

3.3 Média simples nos mandatos de Dilma: 3,9%.

De forma geral as taxas de juros apresentaram uma tendência decrescente ao longo dos anos, ainda que eventuais crises pontuais (como a atual, por exemplo) tenham levado a algumas elevações.

Para o restante deste ano e para o ano que vem, o mercado aposta em taxa básica e inflação reduzidas, a 9% e 4,5% respectivamente, o que deve representar uma taxa real de juros razoavelmente atraente.

Porém, vale lembrar que o recente escândalo da denúncia da JBS contra políticos de alto escalão subiu momentaneamente a perspectiva de juros futuros, tornando importante a observação próxima do desenrolar desses fatos durante os próximos meses.

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